O lábio leporino (labiopalatal) é uma anomalia craniofacial caracterizada por fissuras (aberturas) no lábio e/ou palato (céu da boca) que variam de leves (como cicatriz labial ou úvula bífida (“campainha” dividida) ) a graves como as fissuras completas de lábio e palato. As fissuras podem deixar o canal oral em contato com o nasal. As fissuras são ocasionadas pelo não fechamento destas estruturas durante um processo de cicatrização que ocorre entre a 6ª e a 12ª semana de gestação.
Em cada 1000 nascimentos no Brasil, uma nasce com fissura labiopalatal. Em algumas regiões podem chegar a 1 para 600. Existem vários fatores que tem sido implicados no seu aparecimento, tais como o uso de álcool ou cigarros, a realização de raios X na região abdominal, a ingestão de medicamentos, como anti-convulsivantes ou corticóide, durante o primeiro trimestre gestacional, deficiência nutricional, além da hereditariedade.
Com a alteração da anatomia da face, há maior risco das crianças aspirarem o alimento provocando infecções como otites e pneumonias. As otites podem causar prejuízos no desenvolvimento da fala e linguagem.
No Brasil, são encontrados vários centros especializados no atendimento de pacientes com fissuras labiopalatais pelo SUS. A grande referência nacional é o Centrinho/USP de Bauru.
Pesquisadores do Laboratório de Genética do Desenvolvimento Humano do Instituto de Biociências (IB) da USP, a partir da análise de células-tronco extraídas da polpa do dente de leite de crianças com lábio leporino, identificaram que 90 genes ligados a anomalia apresentam um funcionamento diferente quando comparados com o genoma de crianças sem o problema. Entre esses genes, 10 parecem ter uma maior participação para a ocorrência da anomalia. Um dos grandes diferenciais do trabalho é a abordagem usada: os cientistas analisaram o funcionamento dos genes a partir das células-tronco.
“Nossa idéia era entender o funcionamento dos genes e, para isso, era necessário analisar o funcionamento do genoma a partir das células-tronco e não simplesmente o DNA”, aponta a professora Maria Rita dos Santos e Passos-Bueno, coordenadora do Laboratório e deste projeto. “O uso de células-tronco para pesquisar aspectos genéticos da anomalia é uma abordagem inovadora”, completa.
“A incidência é muito alta, e o tratamento tem um custo elevado, pois envolve uma equipe multidisciplinar: cirurgião dentista, fonoaudiólogo, médicos, psicólogos”, relata. A pesquisadora lembra ainda que o tratamento leva vários anos e que devem ser feitas diversas cirurgias para corrigir definitivamente a fissura.
Dente de leite
Em cada 1000 nascimentos no Brasil, uma nasce com fissura labiopalatal. Em algumas regiões podem chegar a 1 para 600. Existem vários fatores que tem sido implicados no seu aparecimento, tais como o uso de álcool ou cigarros, a realização de raios X na região abdominal, a ingestão de medicamentos, como anti-convulsivantes ou corticóide, durante o primeiro trimestre gestacional, deficiência nutricional, além da hereditariedade.
Com a alteração da anatomia da face, há maior risco das crianças aspirarem o alimento provocando infecções como otites e pneumonias. As otites podem causar prejuízos no desenvolvimento da fala e linguagem.
No Brasil, são encontrados vários centros especializados no atendimento de pacientes com fissuras labiopalatais pelo SUS. A grande referência nacional é o Centrinho/USP de Bauru.
Pesquisadores do Laboratório de Genética do Desenvolvimento Humano do Instituto de Biociências (IB) da USP, a partir da análise de células-tronco extraídas da polpa do dente de leite de crianças com lábio leporino, identificaram que 90 genes ligados a anomalia apresentam um funcionamento diferente quando comparados com o genoma de crianças sem o problema. Entre esses genes, 10 parecem ter uma maior participação para a ocorrência da anomalia. Um dos grandes diferenciais do trabalho é a abordagem usada: os cientistas analisaram o funcionamento dos genes a partir das células-tronco.
“Nossa idéia era entender o funcionamento dos genes e, para isso, era necessário analisar o funcionamento do genoma a partir das células-tronco e não simplesmente o DNA”, aponta a professora Maria Rita dos Santos e Passos-Bueno, coordenadora do Laboratório e deste projeto. “O uso de células-tronco para pesquisar aspectos genéticos da anomalia é uma abordagem inovadora”, completa.
“A incidência é muito alta, e o tratamento tem um custo elevado, pois envolve uma equipe multidisciplinar: cirurgião dentista, fonoaudiólogo, médicos, psicólogos”, relata. A pesquisadora lembra ainda que o tratamento leva vários anos e que devem ser feitas diversas cirurgias para corrigir definitivamente a fissura.
Dente de leite
A pesquisa foi realizada com 6 pacientes com fissura de labio e/ou palato com idades entre 5 a 8 anos, do Departamento de Cirurgia Plástica da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e do Hospital Sobrapar, de Campinas. “Optamos por extrair a célula-tronco da polpa do dente de leite, pois é um procedimento não invasivo, tanto para o grupo com a anomalia como para o grupo controle”, conta Daniela. “Podíamos extrair a célula tronco da médula óssea, mas é um procedimento bastante invasivo, ao contrário do dente de leite que cai naturalmente”, completa.
Após o isolamento das células-tronco, os pesquisadores analisaram 33 mil genes de ambos os grupos. Foi constatado que 90 genes do grupo de fissurados apresentavam um funcionamento diferente quando comparado aos genomas dos pacientes do grupo controle. Esses 90 genes estão associados ao processo de cicatrização das estruturas faciais.
Os cientistas perceberam que, entre esses 90 genes, 10 deles eram mais interessantes para este processo de cicatrização. E resolveram repetir os testes com outros 10 novos pacientes com fissuras labiopalatais. E o resultado foi confirmado: esses 10 pacientes também apresentavam falhas no funcionamento dos 10 genes selecionados.
A pesquisa teve a participação de uma equipe multidisciplinar de pesquisadores, entre eles Daniele Yumi Sunaga (bioinformata e doutoranda em Genética Humana); Gerson Shigueru Kobayashi (biólogo e doutorando em Genética Humana), entre outros co-autores. Um artigo descrevendo o trabalho foi aceito esta semana para publicação na revista Stem Cells Reviews and Reports, uma das mais importantes revistas em células-tronco do mundo.
Para mais informações sobre esta pesquisa: (11) 3091-9910 ou emails passos@ib.usp.br , com a professora Maria Rita, e dbueno@usp.br , com Daniela Bueno
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FONTE:USP
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