Estudo recente da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, afirma que comer peixes mais gordurosos, como o salmão, a sardinha e o atum, pode ajudar a prevenir e a tratar a periodontite.
Avaliando dados de mais de 9 mil adultos examinados no período entre 1999 e 2004, os pesquisadores notaram que aqueles que ingeriam mais peixes ricos em ômega-3 tinham uma redução significativa nos riscos de ter a doença.
Recentemente publicados no Journal of the American Dietetic Association, os resultados indicaram uma prevalência de periodontite de 8,2%, que seria reduzida em 20% entre aqueles com maior consumo do ácido docosahexaenoico (DHA) - um tipo de ômega-3 encontrado em peixes gordurosos. A proteção contra a doença na gengiva com a ingestão de outro tipo de ômega-3, conhecido como EPA, foi menor; e foi estatisticamente insignificante com o consumo de ácido linoleico.
“Descobrimos que a ingestão de ácidos graxos ômega-3, particularmente o DHA e o EPA, é inversamente associado à periodontite na população dos Estados Unidos”, destacou o pesquisador Asghar Z. Naqvi. “Até o momento, o tratamento da periodontite tem envolvido, primariamente, a limpeza mecânica e a aplicação local de antibiótico”, completou o especialista, acrescentando que outros estudos são necessários para confirmar o valor terapêutico do ômega-3 no tratamento dessa doença bucal.
De acordo com o estudo, consumir 40 miligramas de gorduras poli-insaturadas por dia, ou seja, uma refeição contendo salmão ou algumas nozes, já tem ação preventiva contra doenças inflamatórias na gengiva. As doenças na gengiva podem desencadear outros problemas sérios ao organismo.
Segundo os pesquisadores, isso acontece porque essas gorduras poli-insaturadas têm ação anti-inflamatória no organismo, e já são conhecidas por prevenir inflamações em todo o sistema cardiovascular, diminuindo as chances de doenças como derrame e infarto. Por isso, os alimentos ricos nessa gordura devem fazer parte da dieta.
Além disso, comer esses peixes ricos na gordura insaturada ômega 3, pode ser uma ótima alternativa para blindar a memória e garantir um envelhecimento saudável. Os créditos do benefício vão para a ação do DHA, um ácido graxo contido no óleo "bom" dos peixes, segundo apontaram dois estudos apresentados na Conferência Internacional de Mal de Alzheimer.
FONTE:Journal of the American Dietetic Association; UOL
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