O Conselho Federal de Odontologia apoia e endossa a suspensão do atendimento médico aos pacientes conveniados a planos e seguros de saúde, planejada para ocorrer em todo o território nacional no dia 7 de abril, Dia Mundial da Saúde.
Por entender que as reivindicações da classe médica são as mesmas dos profissionais de Odontologia, o CFO conclama todos os cirurgiões-dentistas brasileiros a aderirem à mobilização.
A paralisação na verdade é uma forma de protesto contra o desrespeito com que os profissionais de saúde vêm sendo tratados pelas empresas de saúde suplementar, as quais têm adotado medidas que interferem diretamente no atendimento médico-odontológico dos pacientes, pagando preços irrisórios pelos procedimentos e, inclusive, pressionando estes profissionais a reduzirem a quantidade dos procedimentos adotados.
Além disso, os profissionais de saúde querem manifestar desagrado para com os valores dos honorários pagos pelas seguradoras de saúde, cujos reajustes dados nos últimos dez anos têm sido irrisórios – considerados os aumentos, bem acima da inflação, no valor das mensalidades aos conveniados.
Com isso, médicos e cirurgiões-dentistas reivindicam a melhoria na qualidade do atendimento aos conveniados, a regularização dos contratos entre as operadoras de saúde e os profissionais, já que muitos contratos contrariam normas da Agência Nacional de Saúde suplementar (ANS), e o reajuste periódico nos valores dos honorários repassados.
“É de extrema importância que os cirurgiões-dentistas façam parte da paralisação do dia 7 de abril juntamente com os médicos para mostrar a insatisfação pelo que é pago pelas operadoras de planos de saúde, que aviltam a nossa profissão. Devemos exigir, pelo menos, que se respeite a CBHPO, como valor mínimo a ser pago pelos procedimentos. Isso traria um mínimo de tranquilidade para o cirurgião-dentista e, consequentemente, um tratamento de melhor qualidade para a população”, declara o presidente do CFO, Ailton Diogo Morilhas Rodrigues.
No entanto, a paralisação geral dos profissionais de saúde não pretende prejudicar os pacientes previamente agendados. A interrupção do atendimento não afetará casos de urgência e emergência, já os pacientes conveniados a planos de saúde com consulta previamente agendadas para o dia 7 serão devidamente orientados a remarcar consulta em nova data.
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FONTE:CFO
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